Muitos pacientes me falam:  "Minha mãe /meu pai são hipertensos, Dra. Tenho medo de ser também."

Isso é muito comum quando estamos vendo juntos resultados de exames. Principalmente durante a avaliação do colesterol. Muitos trazem o medo de ser uma espécie de "combo genético". 

De fato, existe a possibilidade de ser algo genético?

A maioria dos estudos que tentaram correlacionar a genética com a presença da hipertensão, não obtiveram resultados significativos. O que mostra que essa correlação é muito mais complexa do que somente alterações no DNA de quem tem essa doença. 

Por essa razão, nós, médicos, devemos mobilizar e tratar as causas já reconhecidas como fatores de risco e que são possíveis de serem modificadas. 

Concordam que se for comprovada a alteração genética, será mais difícil de obter mudança, tratamento e cura? (pois o diagnóstico será demorado, o tratamento caro e a cura possível mas incerta, já que a Medicina não é uma ciência exata). 

Mais fácil focar em metas possíveis de serem alteradas e melhoradas, certo?

Fatores de risco modificáveis:

1)tabagismo

2)obesidade

3)colesterol elevado

4)estresse prolongado

5)diabetes/pré-diabetes

6)alto consumo de alimentos ultraprocessados

7)sedentarismo...olhem quantas possibilidades/ oportunidades de melhorias para evitar a hipertensão?

E você? Vai esperar quanto tempo para evitar uma doença crônica, ou seja, que tem controle mas NÃO TEM CURA?

A instalação dela é silenciosa e os prejuízos irreversíveis depois de alcançar órgãos-alvo como rins e coração. 

Consulte seu médico para avaliação e busca de melhores hábitos de vida.